Algumas muitas ideias se desconstroem na análise.
Uma delas é a ideia de que muita análise garantirá maturidade e serenidade suficiente para transformar o que era dor em indiferença.
Carregamos a ilusão de que a análise nos fará melhores e fortes o suficiente para lidar com tudo que nos machucou.
Pensamos que, assim, nos tornaremos protegidos da possibilidade de sermos feridos mais uma vez e continuamente, pelo que já nos feriu outrora.
Mas Não, isso não é verdade… e uma hora ou outra descobriremos.
Análise nenhuma é capaz de nos anestesiar ou nos tornar imunes para o que nos faz mal. Análise nenhuma é capaz de mudar um ambiente profundamente adoecido.
Perceberemos que, em alguns momentos, a análise nos conduzirá a uma certa dose de desesperança (necessária!) fruto da constatação de que em determinadas circunstâncias não importa o quão forte, o quão maduro e analisado você seja. As pessoas não mudam apenas porque você mudou, o ambiente não se torna menos frio, invasivo ou usurpador só porque você entende, hoje, como as coisa são.
Por isso, às vezes será mesmo necessário desistir de mudar as coisas e de insistir no que não é possível e alcançar uma outra posição diante disso: aquela de quem se nega a manter as coisas como sempre foram.
Nessa horas, de desilusões doídas, é importante encontrar um sustento que te lembre que o correto é continuar!
Nessas horas será necessário fechar portas para liberar espaço, interno, para que outras se abram!